Sementes
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A Rede atua na região da bacia do Xingu e Araguaia, em 21 municípios, 14 assentamentos, uma reserva extrativista e quatro Terras Indígenas
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“Assim como as formigas, nós gostamos de coletar as sementes para que os brancos possam reflorestar as matas que destruíram. Nós comercializamos as sementes para que os brancos replantem e também reflorestamos na aldeia para garantir os recursos para as próximas gerações” - Magaro Ikpeng, liderança Yarang da aldeia Moygu.
A Associação Rede de Sementes do Xingu é uma rede de trocas e encomendas de sementes nativas das regiões do Xingu, Araguaia e Teles Pires. Com doze anos de existência, já foram utilizadas 220 toneladas de sementes de mais de 220 espécies nativas. As sementes são coletadas e beneficiadas por 600 coletores, gerando uma renda de R$ 4,2 milhões repassadas diretamente para as comunidades.
O processo de produção de sementes é composto pelas etapas de coleta, manejo, secagem e armazenamento. As técnicas adotadas dependem diretamente da realidade local dos coletores, principalmente em razão das diferenças de infraestrutura, assistência técnica, conhecimentos locais e organização social. A etapa de comercialização é coordenada por uma central administrativa, que conta com a atuação de técnicos para relacionar a oferta indicada pelos coletores com a demanda de mercado. Dessa forma, a produção de sementes é integralmente comercializada sem excedentes. De modo mais concreto, a central administrativa estabelece contratos e parcerias com compradores, definindo uma demanda produtiva anual. De sua parte, os coletores fazem um planejamento local para dimensionar sua capacidade de produção, considerando tanto a condição local para executar as operações quanto a dinâmica da vegetação, o que gera a lista potencial de sementes a produzir.
A ARSX promove a produção de sementes como alternativa socioeconômica para 568 coletores, reunindo grupos de coletores e organizações de diferentes identidades, origens e histórias. Desde sua criação, em 2007, a associação já viabilizou a recuperação de mais de 6 mil hectares de áreas degradadas na região da Bacia do Rio Xingu e Araguaia e em outras regiões de Cerrado e Amazônia. A iniciativa é a maior rede de sementes nativas do Brasil e em 2018 a comercialização atingiu 22.650 kg de sementes, com geração de quase 900 mil reais em renda.
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Dentre as parceria da ARSX destacam-se empresas de Consultoria Ambientais, propriedades rurais e o 3º Setor
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1. http://sementesdoxingu.org.br/site/
2. http://www.valor.com.br/especial/xingu
3. https://www.facebook.com/RedeDeSementesDoXingu/
4. https://medium.com/hist%C3%B3rias-socioambientais/semear-o-futuro-na-bacia-do-xingu-9db539082e84
5. http://port.pravda.ru/science/19-04-2019/47636-florestas-0/